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Incidência e prevalência

Tipos de VAA

Os subtipos mais comuns da VAA são a granulomatose com poliangite (GPA, antigamente denominada de doença de Wegener) e a poliangite microscópica (PAM). Os outros subtipos da granulomatose eosinifílica com poliangite (EGPA, anteriormente denominada de síndrome de Churg-Strauss).2,3 Este site irá concentrar-se principalmente na GPA e PAM.

VAA é uma doença rara2

  • Prevalência global: 30-218 casos por um milhão por ano4
  • Incidência europeia: 13-20 casos por milhão por ano2,4

Ocorrência da VAA

  • A VAA pode afetar tanto os mais jovens como os mais idosos, mas é rara em crianças e adolescentes e a incidência aumenta com a idade2,5
  • A VAA ocorre ligeiramente mais frequentemente nos homens (taxa de incidência anual aproximadamente 60%) do que nas mulheres2,5
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Referências e notas de rodapé

Danos à orgãos vitais

A VAA pode causar danos e falhas de órgãos, sendo os rins e os pulmões os principais alvos1-3

A VAA pode causar danos aos órgãos vitais como pulmões, rins, sistema nervoso, sistema gastrointestinal, pele, olhos e coração.3,4 Tanto a GPA como a PAM mostram uma grande uniformidade clínica, enquanto a EGPA é nitidamente diferente.2

Até 23% dos doentes com PR3 e MPO-ANCA positivos que requerem TSR no momento do diagnóstico falecem no prazo de 6 meses e 29% não recuperam a função renal.5* Em doentes com comprometimento renal no momento do diagnóstico, a DRT ocorre em 13% dos doentes positivos a PR3 e MPO-ANCA no prazo de 3 anos após o diagnóstico. Comparados com a fase prodrómica curta, os doentes com uma fase prodrómica longa (>22 semanas entre os primeiros sintomas da VAA e o diagnóstico) têm maior probabilidade de apresentar proteinúria no sexto mês e correm risco duplo de DRT no terceiro ano, o que ressalta a importância de um diagnóstico precoce para aliviar as consequências renais.6†

Schematic diagram of areas affected by vasculitis

Rins2

Frequência:
GPA: 60-80%; PAM: 80%; EGPA: 20%

Manifestações
GPA, PAM, e EGPA: glomerulonefrite extracapilar necrotizante pauci-imune

Pele2

Frequência
GPA: 10-50%; PAM: 35-60%; EGPA: 50-70%

Manifestações
GPA e PAM: Púrpura

EGPA: Púrpura, erupção cutânea urticariforme rash

ENT2

Frequência
GPA: 50-95%; PAM: 2-30%; EGPA: 20-80%

Manifestações
GPA: Rinite atrófica, sinusite
destrutiva, deformação denominada de nariz em sela,
deformidade do septo nasal, otite média

PAM: Não específica, não destrutiva, não
granulomatosa

EGPA: rinite alérgica,
polipose sinusal não destrutiva

Pulmões2

Frequência
GPA: 60-80%; PAM: 60-80%; EGPA: 50%

Manifestações
GPA: Dor pulmonar e/ou nódulos cavitados, hemorragia alveolar, estenose brônquica e/ou subglótica

PAM: Hemorragia alveolar

EGPA: Infiltrados transitórios e eosinófilos e infiltrações pleurais, porém, raramente nódulos

Os doentes com GPA e PAM acumulam danos nos órgãos devido a uma combinação de atividade vasculítica e EAs relacionados com corticosteroides 1–3

O uso prolongado e repetido de altas doses de corticosteroides está associado a um risco elevado de novos surtos/agravamento de diabetes mellitus, hipertensão, osteoporose, necrose avascular do osso, malignidade, cataratas e outros efeitos secundários debilitantes.1,2*† Num estudo que acompanhou doentes com GPA e PAM recentemente diagnosticados durante um período de até 7 anos, a frequência de dano, incluindo danos potencialmente relacionados ao tratamento, aumentou com o passar do tempo (p<0,01). Os doentes sofreram inicialmente um aumento precoce de dano após o diagnóstico (n=270), com 81,5% dos doentes que experimentarem ≥1 item do IDV no sexto mês em comparação com 24,4% dos doentes na linha de base, sendo os danos renais (proteinúria e TFG <50 mL/minuto) e cardiovasculares (hipertensão) os danos mais frequentes. Os danos graves, com uma pontuação do VDI ≥5, aumentam com o passar do tempo e, a longo prazo, 33,7% dos doentes sofreram danos graves. A hipertensão foi o item mais frequentemente relatado no acompanhamento a longo prazo, demonstrando uma acumulação de danos cardiovasculares ao longo do tempo. Na linha de base, 4,8% dos doentes apresentaram hipertensão. No sexto mês, esta taxa subiu para 17,0% e no acompanhamento a longo prazo, 41,5% dos doentes tiveram hipertensão (p<0,01).2†

Níveis elevados de danos de vasculite a longo prazo foram independentemente associados ao aumento do uso cumulativo de corticosteroides (p=0,016).3†

Esta morbidade grave é acompanhada por um aumento significativo do risco de mortalidade a longo prazo, com uma taxa de risco de 2,41 (95% CI: 1,74-3,34) em doentes com GPA em comparação com os grupos de controlo de idade e género.2–4†‡

Em média 7 anos após o diagnóstico em doentes com GPA ou PAM…2†

Os paciente

Mortalidade e morbilidade

A VAA apresenta um risco elevado de mortalidade, especialmente no primeiro ano após o diagnóstico1,2*

No primeiro ano após um diagnóstico de GPA ou PAM (n=524), a taxa de mortalidade é de 10,7% (n=56)1*

Destes doentes

Metade (50%) da mortalidade no primeiro ano provém de infeções relacionadas ao tratamento1

Em cenários de ensaios clínicos, a taxa de sobrevivência acumulada a 2 e 5 anos dos doentes com GPA e PAM recentemente diagnosticadas é de 85% e 78%, respetivamente.3†

Os dados baseados na população sugerem que a taxa de mortalidade a longo prazo dos doentes com VAA melhorou consideravelmente nas últimas duas décadas, porém ainda não é tão boa como a dos controlos pareados.2‡

Num estudo que acompanhou doentes durante uma media de 5,2 anos, a taxa de mortalidade dos doentes com GPA ou PAM incidentes, que recebiam tratamento, foi 2,6 vezes superior a da população em geral com idade e género pareados (p<0,0001).3†

Diagnóstico e acompanhamento

Os doentes com VAA passam frequentemente por uma via complexa de encaminhamento e diagnóstico1*

As recomendações do EULAR indicam que os doentes devem ter acesso a formação centrada no impacto da VAA e no seu prognóstico, nos principais sintomas de alerta e tratamento (incluindo complicações relacionadas ao tratamento). A VAA requer uma gestão multidisciplinar feita pelos centros com especialização específica em vasculite.2

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Muitos doentes apresentam doenças renais na consulta, mas predominam sintomas gerais não específicos que levam ao encaminhamento1

Doença renal: 64%

Fadiga: 58%

Febre: 54%

Perda de peso: 53%

Dores nas articulações: 47%

16% dos doentes sofriam dos sintomas que levaram ao encaminhamento durante mais de 3 meses antes de receberem um diagnóstico de VAA1

As comorbidades comumente encontradas ao diagnóstico (65% dos doentes)1

Hipertensão arterial: 45%

Diabetes tipo 2: 16%

DPOC: 15%

Doença arterial coronária: 10%

Artrite: 9%

Osteoporose: 7%

IMC >35:6%

Insuficiência cardíaca: 6%

A relativa raridade e sintomas não específicos da VAA podem levar a um atraso do diagnóstico da doença de mais de 6 meses no caso de um terço dos doentes.3

O diagnóstico de VAA e a diferenciação no subtipo GPA, PAM ou EGPA depende da constelação de sintomas clínicos que o doente apresente, dos resultados dos estudos de imagem e dos exames de laboratorio.3,4

Devido à ligação de anti-PR3 com GPA e anti-MPO com PAM, os testes de ANCA são essenciais para o diagnóstico.3–7

  • Até 20% dos doentes com GPA e PAM e mais de 60% dos doentes com EGPA são ANCA negativos4
  • O teste de ANCA pode dar positivo no caso de outras doenças, como por ex.: hepatite autoimune, colite ulcerosa, infeção por vírus da hepatite C ou HIV, ou endocardite infecciosa, sem vasculite associada4

Para confirmar o diagnóstico faz-se com frequência uma biopsia dos órgãos, geralmente dos rins.3,4

vasculitis-patient-journey-referral-diagnosis-followup

Encaminhamento1

referral

Diagnóstico1

Diagnóstic

 

Acompanhamento1

referral
Introduction to AAV

Introdução à VAA

A VAA é uma vasculite rara e grave em pequenos vasos que afecta múltiplos órgãos e tem um elevado risco de mortalidade aguda1

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Disease Mechanism

Mecanismo da doença

A interação entre a via do complemento alternativo ativado, neutrófilos e C5a encontra-se no centro dos danos vasculíticos da VAA2

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AAV treatment

Tratamento VAA

Quadro de práticas para o tratamento e a gestão de doentes com VAA

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Referências e notas de rodapé
EUVAS

Site da Sociedade Europeia de Vasculite

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ASN

Sociedade Americana de Nefrologia 

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ACR

American College of Rheumatology

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ERA

Associação Renal Europeia

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EULAR

Liga Europeia Contra o Reumatismo 

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KDIGO

Kidney Disease: Improving Global Outcomes (organização)

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Recomendações da KDIGO

Recomendações da KDIGO para a gestão de doentes que sofrem da doença glomerular 

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Recomendações de tratamento da EULAR

Recomendações EULAR para a gestão da vasculite associada ao ANCA

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Vídeos de doentes e qualidade de vida
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Vasculitis International

Europa

www.vasculitisint.com
Selbsthilfe Vaskulitis e.V.

Alemanha

www.vasculitisint.com/vpag/vaskulitis-e-v/
Associazione Pazienti della Sindrome di Churg Strauss

Itália

www.apacs-egpa.org
Suomen Vaskuliittiyhdistys ry

Finlândia

www.vaskuliittiyhdistys.fi
Selbsthilfe Vaskulitis Mainz

Alemanha

vaskulitis-mainz@gmx.de
Vasculite Stichting

Países Baixos

www.vasculitis.nl
Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas

Portugal

www.lpcdr.org.pt
Associação Vascularites

França/Bélgica

www.association-vascularites.org

Irlanda

Association Espanola de Vasculitis Sistemicas

Espanha

www.sid-inico.usal.es

Reino Unido

Associazione Malattie Autoimmuni

Italy

www.associazionemalattieautoimmuni.it
Associazione Nazionale Malati Reumatici ONLUS

Italy

www.anmar-italia.it
Australia and New Zealand Vasculitis Society

Australia / New Zealand

www.anzvasculitis.org
Federación Española de Enfermedades Raras

Spain

www.enfermedades-raras.org
Liga Reumatológica Española

Spain

lire.es/
Vasculitis Stowarzyszenie Chorych

Poland

vasculitis.org.pl/